Xapuri, conhecida como "a princesinha do Acre", distante 180 quilômetros da capital Rio Branco, o município foi palco de luta e história. Berço da Revolução Acreana e símbolo da sustentabilidade é conhecida mundialmente por ser a terra do líder seringueiro Chico Mendes.

Durante o Ciclo da Borracha tornou-se uma das principais zonas comerciais do Acre. Ocupado por autoridades bolivianas, no dia 6 de agosto de 1903, o povoado foi tomado pelas tropas do coronel Plácido de Castro, marcando o início da última e vitoriosa etapa da Revolução Acreana, que culminou com a anexação do Acre ao Brasil.

O município tornou-se conhecido mesmo pela luta em prol da preservação ambiental, tendo como ícone um de seus filhos mais ilustres, o ambientalista Chico Mendes. Na década de 1980 a cidade foi cenário do movimento de resistência dos seringueiros em defesa dos seringais nativos da região.

Paroquia São Sebastião

Construída na década de 50, foi projetada pelos padres Felipe Gallerane e Carlos Zucchini. Seu principal acervo é a imagem de São Sebastião, trazida da Itália e doada à igreja pelo Dr. Epaminondas Jácome, em 1915.

A Igreja Católica, em Xapuri, teve suas origens na devoção dos primeiros nordestinos que chegaram nessas terras. Na época, as condições precárias faziam com que o sofrimento das pessoas crescesse a cada dia. A única esperança era buscar refúgio na proteção divina. Foi dessa situação que surgiu a devoção a São Sebastião na cidade.

Casa Chico Mendes

A Casa de Chico Mendes é o local onde residia e foi assassinado o líder seringueiro, por lutar contra o desmatamento. Em 22 de dezembro de 1988, foi morto com um tiro de escopeta no peito, na frente da esposa e dos dois filhos, aos 44 anos.

Chico Mendes defendeu os povos da floresta nas décadas de 1970 e 1980 e tornou-se um símbolo da resistência e da preservação ambiental.